CULTURA INDÍGENA E AFRO-BRASILEIRA


Leia atentamente o trecho abaixo:
Torna-se importante esclarecermos que não existe raça indígena, assim como não há raça branca, negra ou superior. O que há é uma representação social de raça que foi adotada estrategicamente em certos momentos históricos. (MARÇAL, J. A. Educação escolar das relações étnico-raciais. Intersaberes, 2015, p. 18)


Quanto à afirmativa acima, é correto afirmar que o conceito de raça foi utilizado para:

 


Reforçar a ideologia da igualdade de raças.


Conhecer mais profundamente os diferentes tipos humanos.


Valorizar os aspectos multiculturais dos diversos povos.


Servir como instrumento político de dominação.


Desconstruir a dicotomia existente entre povos “superiores” e “inferiores”.

Leia atentamente o trecho abaixo:
Quando se fala em cultura africana deve-se pensar em culturas africanas, tendo em vista que os africanos que para o Brasil foram trazidos à força, pertenciam a diversas sociedades de diferentes locais do continente africano, com línguas, costumes e formas de exercer a fé distintos, e que por sua vez haviam tido a influência anterior de outras culturas, inclusive a árabe. (AIDAR, M. A. M. Relações étnico raciais: algo sobre os brasileiros. Uniube, 2013).


Em relação ao trecho acima, podemos afirmar que a expressão “cultura afro-brasileira” define uma:

 


tradição das culturas africanas trazidas para o Brasil que se mantiveram originais.


fusão entre as culturas da África e a cultura europeia dos portugueses.


combinação entre as culturas africanas, indígenas e europeias.


cultura inovadora e original, criada a partir dos negros libertos.


combinação e reelaboração de diversas culturas trazidas da África.

Tomando por referência o estudo do capítulo “Brasil Africano: o desafio da igualdade” analise as afirmações a seguir:

 

I – O Brasil foi um dos últimos países do mundo a abolir a escravidão e esse é um fator que contribui para a permanência das desigualdades sociais entre negros e brancos.

II – Pesquisas apontam que as diferenças genéticas entre brancos e negros é mínima, o que justifica a inexistência de discriminação racial no Brasil.

III – Nos anos 1970, o Movimento Negro passou a denunciar que a sociedade brasileira não foi capaz de resolver a desigualdade econômica e os problemas de discriminação racial.

IV – A teoria da democracia racial contribuiu de forma efetiva para que a segregação racial fosse legalmente estabelecida no Brasil.

 

É correto apenas o que se afirma em:

 


I e IV.


II e III.


I, II e III.


I, III e IV.


I e III.

Leia com atenção:

 

O Brasil é caracterizado por um “racismo institucional, em que hierarquias raciais são culturalmente aceitas”, segundo estudo publicado e aprovado pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU. Segundo o documento, a participação dos afrodescendentes na economia nacional é de apenas 20% do PIB, apesar de representarem mais da metade da população do Brasil. “O racismo permeia todas as áreas da vida, no entanto, tem sido difícil aos afro-brasileiros para levantar e discutir o assunto”; já que ainda existe o “mito da democracia racial” no país, diz o relatório. “Isso é frequentemente usado por políticos conservadores para descreditar ações afirmativas e políticas e leis direcionadas (aos afrodescendentes)”, acrescenta. (Adaptado de: Portal G1. Relatório da ONU diz que Brasil tem racismo institucional. 12/09/2014)

 

O texto destaca uma avaliação sobre o racismo no Brasil e as dificuldades de se combater um tipo de preconceito que está internalizado na sociedade e nas instituições políticas. Considerando esse contexto, a permanência do “mito da democracia racial” associado ao “racismo institucional” no país favorece:

 


a legitimação e a permanência da escravidão contra os afrodescendentes.


a igualdade racial e a busca pelos direitos sociais e civis.


o reconhecimento da diversidade racial e da miscigenação cultural.


a ausência de políticas públicas eficazes que minimizem as desigualdades sociais.


a criação de sistema de cotas que discriminam negros e brancos.

Leia com atenção:

[...] variação da dança e da musicalidade afrodescendente, muito comum no sudeste brasileiro. A percussão, a dança coletiva e a mística religiosa são apresentadas como uma maneira de celebrar os ancestrais, consolidando tradições e afirmando identidades. Tem suas origens nas tradições africanas, nos rituais e mitos dos povos de língua bantu. Mas também resulta da interação entre diferentes culturas: os africanos que viveram há muito tempo da África, os escravos nascidos no Brasil e a os próprios senhores de escravos.  (ELIAS, Aluizio F. Cultura afro-brasileira: arte, religião e literatura. In: Cultura indígena e afro-brasileira. Uniube, 2019, p. 122)

 

O trecho destaca a seguinte manifestação da cultura afro-brasileira:


Capoeira.


Jongo.


Maracatu.


Tambor de Crioula.


Congada.

Leia com atenção:

A prática dessa dança-ritual, consagrada a São Benedito, remete à constituição das antigas  irmandades de escravos negros, e/ou alforriados, devotos desse santo. Como resultado, os poemas cantados (toadas) para São Benedito ocupam um lugar central no rito. Curiosamente, esse corpus ritual acaba resultando em um repertório poético "estável", que reune canções pouco afetadas pela reinvenção das palavras, reestruturação da melodia ou, simplesmente, acentuação das sílabas. A transmissão dos cantos é feita por imitação e a reprodução do repertório e da coreografia é realizado graças a uma grande reverência pela tradição. (ELIAS, Aluizio F. Cultura afro-brasileira: arte, religião e literatura. In: Cultura indígena e afro-brasileira. Uniube, 2019, p. 120)

 

O texto trata da seguinte manifestação da cultura afro-brasileira:

 


Jongo.


Capoeira.


Tambor de Crioula.


Samba de Roda.


Candomblé.

Leia o trecho a seguir:

Todas as operações de acesso ao conhecimento do homem africano estavam acompanhadas por um senso de conquista do espaço. Nesse sentido, em certos rituais de iniciação africanos, os jovens são ensinados a tratar e conceber seu próprio corpo como um microcosmo, um mundo de pequena escala, ou uma casa (Ilé). A mesma ideia regia a representação cosmológica que concebia os espaços de culto. Tudo isso está na composição do rito afrobrasileiro e explica a sacralidade do terreiro [...]. O terreiro é a porção de África eu remete o afrodescendente à sua ancestralidade. (ELIAS, Aluizio F. Cultura afro-brasileira: arte, religião e literatura. In: Cultura indígena e afro-brasileira. Uniube, 2019, p. 130) 

 

O texto faz referência à seguinte manifestação da religiosidade afro-brasileira:

 


Tambor de Crioula.


Xamanismo.


Calundu.


Candomblé.


Umbanda.

Observe com atenção a charge:

(Mafalda, Quino. Disponível em: <http://eudecido.wordpress.com/2010/05/>).

 

O preconceito racial pode ser expresso de variadas formas, por isso deve ser analisado em diferentes contextos: na educação, no trabalho, no cotidiano. A charge ironiza uma atitude bastante comum em nossa sociedade, que pode ser identificada como:

 


A inexistência do preconceito racial, que permite uma criança branca ter um boneco negro.


A aceitação da igualdade racial e o reconhecimento dos direitos humanos.


A promoção da igualdade de raças, devido ao reconhecimento da igualdade entre todos.


O reconhecimento do preconceito racial, a partir da rejeição de tudo aquilo que lembre os povos negros.


A negação da existência do preconceito racial, apesar da adoção de práticas que revelam um racismo latente.

Leia com atenção:

 

Primeiramente devemos ressaltar como as sociedades igualitárias engendraram formas de preconceito muito claras, porque sua ideologia negava o intermediário, a gradação e a relação entre grupos que deveriam permanecer separados, embora pudessem ser considerados teoricamente iguais. Tal fato não existiu na sociedade brasileira e até hoje tem débil aceitação social. Realmente, estou convencido de que a sociedade brasileira ainda não se viu como sistema altamente hierarquizado, onde a posição de negros, índios e brancos está ainda tragicamente de acordo com a hierarquia das raças. Numa sociedade onde não há igualdade entre as pessoas, o preconceito velado é forma muito mais eficiente de discriminar pessoas de cor, desde que elas fiquem no seu lugar e “saibam” qual é ele. (DAMATTA, Roberto. O que faz o brasil, Brasil? Rio de Janeiro: Rocco, 1986, p. 46).

 

Considerando esta análise, a teoria que melhor identifica a crítica do autor em relação à forma velada como que a sociedade brasileira lida com a discriminação é:

 


Etnocentrismo.


Relativismo cultural.


Democracia racial.


Injúria racial.


Segregação racial.

Observe com atenção os gráficos a seguir:

 

A partir dos dados apresentados sobre moradores da favela e os estudos sobre a inserção do negro na sociedade brasileira, analise as afirmativas a seguir:

 

I – O crescimento do percentual da classe média nas favelas demonstra que essa parcela da população está assegurada quanto aos direitos de igualdade, moradia, educação e crescimento econômico.

II – O predomínio de uma maioria negra na população das favelas reforça o processo de marginalização e reflete a percepção social de que favela é “lugar de preto”.

III – Historicamente, as favelas são uma continuidade dos cortiços, para onde os negros libertos foram segregados, sem qualquer condição de igualdade social ou de cidadania.

 

É correto o que se afirma em:

 


II e III, apenas.


I e II, apenas.


I e III, apenas.


I, II e III.


II, apenas.

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